08. PROMESSA

Promessa

A noite me envolveu tão mansamente

Que nem senti os laços desatarem

Meu corpo desprendeu suavemente

Minh’alma no espaço a vagar

O chão de estrelas que eu imaginava

Os anjos que eu supunha me esperarem

Meus olhos vislumbraram tão somente

A minha própria vida projetada

Ai que vontade, de retornar depressa

Reviver a promessa, corrigir meus enganos

Agora é tarde, não há mais esperança

Viverei para sempre, a vagar, a vagar ...

Quando eu pensava tudo estar perdido

Um raio misterioso de bondade

Roçando levemente em minha fronte

Bastante para lembrar-me de Jesus

Meus lábios murmurando doce prece

Fizeram-me voar para entre amigos

Ao velho centro espírita eu voltava

Agora do outro lado a mendigar

Irmãos queridos, que saudade de todos

Perdoai meus engodos, intercedei por mim

Responde um deles, dirigindo a sessão

Voltarás muito em breve, pela reencarnação